No dia 1º de maio, quando se celebra o Dia do Trabalhador, a Arte Produções prestou homenagem aos que fazem do Maior São João do Mundo um verdadeiro motor de desenvolvimento econômico e cultural. Muito além da música e da dança, a festa é impulsionada por milhares de profissionais que, com talento e dedicação, garantem que cada detalhe do evento seja um sucesso — do primeiro parafuso ao último aplauso.
A força de trabalho que movimenta o São João é diversa e essencial. Vai desde os profissionais diretamente envolvidos na estrutura do evento até aqueles que, nos bastidores, ajudam a transformar Campina Grande em um grande palco para o Brasil. É o caso da bombeira civil Alluska Kaline, que atua há três anos na festa. Ele está àvfrente de parte da equipe de prevenção e segurança, responsável pela sinalização, portões de emergência e fiscalização das barracas.
“Como campinense, é sempre uma emoção fazer parte dessa festa. Todo ano é uma experiência nova. Cuidar da segurança e da prevenção desde o início da montagem até a desmontagem me deixa muito feliz”, afirma.
Na moda, o estilista Paulo Victor enxerga no São João uma vitrine poderosa para seu trabalho. Com um estilo que valoriza o regionalismo, ele tem levado a cultura de Campina Grande a palcos de todo o país. “Mesmo sendo de Campina, hoje estou vestindo artistas que vão se apresentar em festas juninas de outras cidades. A nossa cidade é a vitrine do meu trabalho, mas através dela levo junto crocheteiras, rindeiras, bordadeiras. O Maior São João do Mundo é uma plataforma que impulsiona não só meu trabalho, mas o de toda uma cadeia criativa”, destaca.
Já no setor da beleza, Ivia Lídia, que atua há quase 20 anos no ramo, vê na festa uma oportunidade única de crescimento. “O São João é sempre muito aguardado por quem movimenta a economia local. A cada ano, precisamos nos reinventar e nos preparar melhor, investindo em equipe, marketing e divulgação. Quando a festa cresce, nós também temos a chance de crescer junto”, comenta.
Entre os trabalhadores que fazem o São João pulsar está também o artista. O sanfoneiro Ananias do Acordeon representa com orgulho os músicos que, além de preservarem e divulgarem a cultura nordestina, movimentam diretamente a economia da cidade. “Eu tive a felicidade de nascer filho de sanfoneiro, então desde pequeno entendo o valor do mês de junho. Era nessa época que meu pai dizia: ‘calma que o São João está chegando’, porque sabia que viriam mais shows, mais oportunidades. O forró toma conta de todo canto — bares, lojas, o Parque do Povo — e isso gera trabalho e renda para muita gente”, relata.
Geração de empregos
A terra d’O Maior São João do Mundo é também a capital do trabalho e o evento junino ajuda a manter esse título, sendo um dos principais vetores de desenvolvimento econômico da Paraíba. Em 2024, apenas na fase de montagem do epicentro da festa, o Parque do Povo e o Parque Evaldo Cruz, foram gerados 8 mil empregos diretos e indiretos.
Durante o mês de junho, Campina Grande registrou um saldo positivo de 928 novos postos de trabalho — crescimento de mais de 353% em relação ao mês anterior, que teve saldo de 205. A Arte Produções, durante a fase de montagem do layout do evento, conta com cerca de 150 trabalhadores. A projeção é que esse número dobre até a semana de início do evento.
O Maior São João do Mundo é, sem dúvida, uma celebração da cultura nordestina, mas também é uma poderosa engrenagem de força produtiva. Cada trabalhador envolvido — da beleza à segurança, da moda à montagem — contribui para transformar Campina Grande em um polo de oportunidades, tradição e inovação. Neste 1º de maio, o reconhecimento vai para eles: os verdadeiros protagonistas dessa grande festa.
DA REDAÇÃO COM ASCOM